domingo, 29 de janeiro de 2012

Ter amigos por perto em momentos difíceis traz benefícios imediatos para o cérebro – Como as pessoas funcionam

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Nasa divulga nova imagem oficial da Terra vista do espaço – Superblog

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Uma escrita acadêmica gregária

                          Tecnologia de informação e comunicação: outras formas de ver o mundo
                                                        Terezinha Cypriano Fernandes

     Com o advento da internet, as relações do homem com o mundo se modificaram radicalmente: avanços científicos, tecnológicos, transformações sociais e econômicas. Encurtaram-se as distâncias, expandiram-se as fronteiras, o mundo ficou globalizado. Houve uma revolução sem precedentes nas redes de comunicação e de informação. Com isso, o homem desenvolveu outras formas de ver o mundo. E ambos nunca mais foram os mesmos. No Brasil, por exemplo, há 60 milhões de computadores em uso, devendo chegar a 100 milhões em 2012, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Em apenas em três meses, surgiu 1,2 milhão de novos brasileiros com mais de 16 anos na internet. Por isso, no ranking de conexões, o Brasil é o 5º país com maior número de conexões à Internet. O Twitter – microblog – caiu no gosto popular. Quem diria! Cerca de 500 milhões de twitters são postados por dia, e aproximadamente 37% dessas postagens são de opiniões e conversas. O país encontra-se em 2º lugar nas estatísticas, com 8,78%. Há um celular para dois habitantes, o que equivale a 3,3 bilhões de aparelhos no planeta. As pessoas estão conectadas umas com as outras permanentemente. Hoje se pode estar em reuniões, em sala de aula, em sessão de cinema e, havendo urgência ou não, esses aparelhinhos dão sinal de que alguém está à sua procura, muitas vezes causando constrangimentos em determinadas situações. Dessa forma, o homem não se sente mais só. Engano! Psicólogos e sociólogos afirmam que, mesmo ligado ao mundo, o homem contemporâneo ainda se sente sozinho, sim, uma vez que as relações se dão superficialmente e não superam as necessidades afetivas dos indivíduos. Essa característica humana ainda é um desafio. Apesar de o homem sentir-se solitário, é inegável a revolução que o acesso à comunicação e à informação provocou nas relações sociais: são novas formas de ver o mundo. Mudaram-se conceitos, atitudes e paradigmas. De forma jamais vista, o homem comunica-se, informa-se e forma-se no ciberespaço. Não existem mais fronteiras. Publicado em 14 de setembro de 2010.
Texto publicado na REVISTA EDUCAÇÃO PÚBLICA

MOMENTO DE HUMOR

Em uma cidadezinha do interior havia um abacateiro
carregado dentro do cemitério.

Dois amigos decidiram entrar lá à noite (quando não
havia vigilância) e pegar todos os abacates.
Eles pularam o muro, subiram a árvore com as sacolas penduradas no ombro e começaram a distribuir o 'prêmio'.

_Um pra mim,
_Um pra você.

_Um pra mim,
_Um pra você.

_Pô, você deixou dois caírem do lado de fora do muro!

_Não faz mal, depois que a gente terminar aqui, pegamos os outros dois.

_Então tá bom, mais um pra mim, um pra
você.

Um bêbado, passando do lado de fora do cemitério, escutou esse
negócio de 'um pra mim e um pra você' e saiu correndo para a delegacia.
Chegando lá, virou para o policial:

- Seu guarda, vem comigo! Deus e o
diabo estão no cemitério dividindo
as almas dos mortos!
- Ah, cala a boca bêbado.
- Juro que é verdade, vem comigo.


Os dois foram até o cemitério,
chegaram perto do muro e começaram a escutar...

- Um para mim, um para você...

O guarda, assustado:

- É verdade! É o dia do apocalipse!
Eles estão dividindo as almas dos
mortos! O que será que vem
depois?

- Um para mim, um para você. Pronto,
acabamos aqui. E agora?

- Agora a gente vai lá fora e pega os
dois que estão do outro lado do
muro...
_Cooooooooooooooorrre...

Filósofo pede humildade e ética no uso educacional da tecnologia

Luiz Sugimoto - 16/07/2010



Cortella defende o amparo da tecnologia por valores éticos para evitar o que chama de biocídio - o assassinato da vida nas suas múltiplas formas.[Imagem: Antoninho Perri]
Tecnologia na educação
Ética e multimídia. Foi este o tema escolhido pelo filósofo Mario Sergio Cortella para a conferência de abertura do 5º Seminário Nacional O Professor e a Leitura do Jornal, que se realiza esta semana na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
"Nenhum professor, seja da escola pública ou privada, está preparado para trabalhar com as diferentes mídias atuais. Quando o Brasil foi penta na Copa de 2002, não existia a palavra 'blog'; hoje é criado um blog por minuto. São plataformas novas, que trazem novas formas de pensar, a fim de não confundir informação com conhecimento. Precisamos ter a humildade pedagógica de quem começa a aprender sobre a questão. A velocidade é alta e estamos apenas no início da estrada," afirmou o filósofo.
Na opinião de Cortella, docente da PUC-SP, os processos escolares não devem se adaptar às inovações e sim integrá-las ao seu cotidiano. "Adaptar é postura passiva, enquanto integrar pressupõe metas de convergência. As tecnologias mais recentes podem fazer parte do trabalho pedagógico escolar desde que utilizadas como ferramentas a serviço de objetivos educacionais que estejam antes claros para a comunidade e que a ela sirvam. Tecnologia em si não é sinal de mentalidade moderna; o que moderniza é a atitude e a concepção pedagógica e social que se usa."
Tecnologia não é neutra
O filósofo insiste na visão de que a tecnologia não é uma mera ferramenta. "Ela é instrumento político de ação, na medida que interfere na vida da sociedade. Não há neutralidade no uso de qualquer tecnologia, seja de natureza ideológica, científica ou preconceituosa. Isso significa que é preciso proteger a utilização da tecnologia com princípios éticos - e o mais importante deles talvez seja a preservação de uma convivência coletiva decente, aquela que não diminui a vida alheia".
Cortella defende o amparo da tecnologia por valores éticos para evitar o que chama de biocídio - o assassinato da vida nas suas múltiplas formas. "A tecnologia, por ser também ferramental (embora não exclusivamente), pode ajudar a proteger a vida no seu conjunto, ou então contribuir para a sua destruição, com o falecimento do futuro, a desertificação da esperança e a anulação de uma história. E o professor, para amparar a tecnologia, deve ter três qualidades: generosidade mental, repartindo o que sabe; coerência ética, praticando o que ensina; e humildade intelectual, perguntando o que ignora. Assim, a tendência será de que o biocídio fique longe do nosso horizonte".

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=etica-uso-educacional-tecnologia&id=030175100716 (13/11/2010)

Nossa Língua Portuguesa

A Língua Portuguesa é a 5ª. língua mais falada no mundo e a 3ª. mais falada no mundo ocidental. Tem sua origem em Portugal, por isso o nome "português" dado ao idioma. São 08 os países lusófonos(língua oficial): Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor-Leste, Cabo Verde. Possui estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul, na Organização dos Estados Americanos, União Africana, Comunidade de Países de Língua Portuguesa e Associação dos Comitês Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa.
No Brasil, para chegar ao estágio que conhecemos atualmente, nossa língua sofreu evolução histórica. E há, reconhecidamente, dois padrões:o português europeu e o português brasileiro.A língua é um patrimônio imaterial do povo. Elemento fundamental e fundador da cultura brasileira. O povo é o "dono" da língua e seu agente modificador.
Historicamente, o ensino da nossa língua materna tem sido marcada pela ideia de "correção", priorizando o ensino das regras gramaticais(da Língua Portuguesa europeia), desconsiderando as variações linguísticas relacionadas à situação comunicativa ou o perfil sociocultural dos alunos, desprezando o fato de todos, ao ingressarem na escola, serem usuários do idioma em situações cotidianas e familiares.
Sabendo que o aluno já traz para sala de aula um repertório linguístico que lhe permite participar do convívio social, cabe ao professor de língua materna propor atividades contextualizadas que mobilizem o aluno a participar ativa e criticamente de interlocução, leitura, produção escrita e análise da língua.
Portanto, a disciplina de Língua Portuguesa (Brasileira) tem por objetivo desenvolver as competências necessárias a uma interação autônoma e ativa nas situações de interlocução, leitura e produção de textos. Seu ensino fundamenta-se na concepção de linguagem como fruto de interação entre sujeitos," processo em que os interlocutores vão construindo sentidos e significados ao longo de suas trocas linguísticas orais ou escritas"[1].
Terezinha Cypriano Fernandes

[1] SOARES, Magda, 2002. Português, uma prática para o letramento.Manual do professor p. 5

Crônica

Registros e rezistos
Alexandre Amorim
Depois de cinco anos dividindo meu apartamento com duas lagartixas, resolvi fazer uma reforma no banheiro, cômodo preferido das duas. Assim que o pedreiro começou a quebrar os ladrilhos, as duas sumiram. Dias mais tarde, saudoso e solitário, resolvi puxar papo com o pedreiro, já que minhas amigas de sangue frio se esquentaram e me deixaram sem ter com quem dividir minhas ideias.
A primeira conversa entre mim e seu Marcos, o pedreiro, foi assim:
- Seu Marcos, o cano de água passa por essa parede, né?
- É, sim. – ele disse, sem parar de mandar a marreta na pobre parede.
- Não é melhor fechar o registro?
- Fechar o quê?
- O registro, seu Marcos.
- Registro é no cartório. Tem que fechar é o rezisto.
Confesso que minha surpresa me impediu de argumentar. Seu Marcos é pedreiro há quarenta anos e me corrigiu com tamanha propriedade que fiquei uns bons minutos sem reação. E, felizmente, após esses minutos, minha reação foi dizer “tá certo”. Fui até a área de serviço e fechei o rezisto. Fiquei olhando pela janela, imaginando quantos registros a palavra registro tem. Registo, rezistro, rezisto. Pelo menos três, além da formal. E os balconistas de loja de material de construção entendem perfeitamente todos eles. Assim como os escrivães em cartórios, penso eu.
Sendo advogado, peço, leio e dou registro de vários assuntos. Nunca usei as outras formas do termo, porque aprendi assim, da forma culta. E sempre corrigi textos escritos de forma errada. Mas ficar corrigindo as pessoas que falam de outro modo, só se eu achar que elas estão tentando falar como manda a forma culta. Se o seu Marcos acha que registro é uma coisa e rezisto é outra, e ele convive há quarenta anos com essa certeza e sempre conseguiu comprar rezistos e fazer registro de seus filhos, não vou corrigi-lo. Até porque ele tentou me corrigir e eu mesmo não aceitei.


Como o dia estava bom para divagações, continuei pensando sobre o certo e o errado na língua. A tal da forma culta, mantida pelos acadêmicos que, em sua maioria, vêm das classes sociais mais favorecidas, resvala constantemente na forma popular. A língua falada é um grande organismo mutante – às vezes perde um rabo, como lagartixas, e nasce outro. A língua portuguesa, no Brasil, já perdeu e ganhou acentos, hífens, tremas – até letras! E é um tal de perde e ganha, de some e reaparece. Super-homens, esses linguistas; superômis, nós, os falantes...
Nós, uma vírgula. Porque os falantes são diversos, não formam um “nós”, não formam um nó só. São linhas cruzadas, mas pelo jeito todos se entendem. A não ser na questão classista. Um carioca entende o pedido de “um chope e dois pastel” do paulista, um mineiro entende o “isso mermo” do carioca. Mas todos fazem questão de apontar o que seria o erro do outro. E o classismo não é só bairrista. Ocorre bem debaixo das barbas cultas daquele intelectual que corrige o uso indevido de plural/singular do garçom, mas, na mesma mesa de bar, cumprimenta um outro amigo intelectual: “ô, rapaz! Me liga! Vamos se encontrar!”.
Isso sem falar no chato que não erra nada da língua culta e, por isso, se acha no direito de corrigir todo e qualquer falante da língua que ele pretende dominar. Domina, sim, a gramática acadêmica, mas se perde como um cego em tiroteio quando conversa com alguém que usa o domínio popular. Não é chato quem domina a língua culta, mas quem não consegue ver que o mundo não é de todo culto, homogêneo e muito menos obediente às normas que o mocinho chato resolveu seguir.
Voltei para o banheiro. Falei com seu Marcos que tinha fechado o registro. Ele me entendeu e não me corrigiu mais.
Ah, sim. As lagartixas se mudaram para a cozinha. Ainda ontem, conversávamos sobre as vezes em que fui chamado de “adevogado” e elas de “largatixa”. Elas não ligam, nem eu.
P.S. É claro que esta crônica é meu “registro” a favor do livro utilizado pelo MEC. A língua portuguesa é tão rica quanto o número de seus falantes. Aliás, vale a pena ler o capítulo do livro que foi questionado.

A realidade é outra...