Tecnologia de informação e comunicação: outras formas de ver o mundo
Terezinha Cypriano Fernandes
Terezinha Cypriano Fernandes
Com o advento da internet, as relações do homem com o mundo se modificaram radicalmente: avanços científicos, tecnológicos, transformações sociais e econômicas. Encurtaram-se as distâncias, expandiram-se as fronteiras, o mundo ficou globalizado. Houve uma revolução sem precedentes nas redes de comunicação e de informação. Com isso, o homem desenvolveu outras formas de ver o mundo. E ambos nunca mais foram os mesmos.
No Brasil, por exemplo, há 60 milhões de computadores em uso, devendo chegar a 100 milhões em 2012, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Em apenas em três meses, surgiu 1,2 milhão de novos brasileiros com mais de 16 anos na internet. Por isso, no ranking de conexões, o Brasil é o 5º país com maior número de conexões à Internet.
O Twitter – microblog – caiu no gosto popular. Quem diria! Cerca de 500 milhões de twitters são postados por dia, e aproximadamente 37% dessas postagens são de opiniões e conversas. O país encontra-se em 2º lugar nas estatísticas, com 8,78%.
Há um celular para dois habitantes, o que equivale a 3,3 bilhões de aparelhos no planeta. As pessoas estão conectadas umas com as outras permanentemente. Hoje se pode estar em reuniões, em sala de aula, em sessão de cinema e, havendo urgência ou não, esses aparelhinhos dão sinal de que alguém está à sua procura, muitas vezes causando constrangimentos em determinadas situações.
Dessa forma, o homem não se sente mais só. Engano! Psicólogos e sociólogos afirmam que, mesmo ligado ao mundo, o homem contemporâneo ainda se sente sozinho, sim, uma vez que as relações se dão superficialmente e não superam as necessidades afetivas dos indivíduos. Essa característica humana ainda é um desafio.
Apesar de o homem sentir-se solitário, é inegável a revolução que o acesso à comunicação e à informação provocou nas relações sociais: são novas formas de ver o mundo. Mudaram-se conceitos, atitudes e paradigmas. De forma jamais vista, o homem comunica-se, informa-se e forma-se no ciberespaço. Não existem mais fronteiras.
Publicado em 14 de setembro de 2010.
Texto publicado na REVISTA EDUCAÇÃO PÚBLICA
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